terça-feira, 16 de setembro de 2014

Cacique Manoel
Convivencia da educação diferenciada na Escola Estadual Indigena Kiriri Indio Feliz






segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Jovens kiriri Canta Galo
Na busca do fortalecimento de sua identidade cultural, ressignificando e valorizando o ser kiriri



A nossa Aldeia

A raiz principal kiriri Canta Galo

Um dos pontos turisticos do territorio kiriri

Cartão postal da nossa Aldeia Cajazeira

Materiais arqueologicos do territorio kiriri

Ritual Kiriri Canta Galo

Artesanatos Kiriri

Pontos turisticos do territorio Kiriri

Cartão postal da Aldeia Baixa da Cangalha

Intercabio dos kiriri com outros Indigenas

Local turistico do territorio Kiriri
As informações postadas são relacionadas a alguns dos pontos turisticos do territorio kiriri, para mais informações. Lideranças Kiriri Canta Galo, e Grupo de Jovens da Aldeia Cajazeira.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Zabumba Kiriri Canta Galo



A zabumba kiriri nossa maior tradição e cultura, uma cultura que tem raízes milenares e esta muito longe de acabar, os nossos bodoinhos estão crescendo e essa raiz será repassada para todos eles





domingo, 24 de agosto de 2014

Economia do territorio Kiriri

Na tribo Kiriri, a economia é baseada na agricultura de subsistência
e na criação de animais. Hoje com recuperação da natureza, depois
da reconquista da terra, os índios deram mais um passo para o desenvolvimento
da sua agricultura famíliar.
Os índios acreditam que a natureza é a sua mãe, e se destruí-la
estará destruindo a si mesmo, por isso cuidam muito da natureza.
Antigamente os nossos avós não tinham a mesma facilidade que
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a gente tem hoje, pois não tinham a terra para cultivar os seus plantios.
Tinha que trabalhar como escravo na roça do não índio para sustentar
a sua família. Nesta concepção entendemos que ser Kiriri, é ser forte,
lutar, conquistar e não ter medo dos obstáculos da vida, assim conquistaremos
tudo que é nosso de direito.
A principal atividade econômica hoje é extraída da agricultura familiar,
onde em sua totalidade é a exploração do plantio de milho, feijão,
batata, etc. Utilizamos também o cultivo do caju, da qual é extraída uma
boa parte de sua renda, temos também a exploração da cultura da mandioca,
com uma grande contribuição na receita da alimentação da tribo.
Também cultivamos hortas domésticas, que servem de base alimentar
Na pecuária destaca-se a criação de bovinos, ovinos, caprinos e suínos,
além da criação de aves domésticas utilizadas para comercialização.
O artesanato é desenvolvido em todas as aldeias que têm incentivos
do Instituto Mauá, os índios produzem peças de rara beleza,
que vão sendo comercializados por valores mais significativos.
A principal economia kiriri é a agricultura Familar e a criação de animais

A linguagem Kipeá  da etnia Kiriri

 Linguagem Kipeá Kiriri


O estudo da linguagem kipeá Kiriri  iniciou-se com o registro de palavras
pelo grupo de jovens, junto com educador indígena Dernival, principalmente
com a ajuda dos seus anciãos que foram os guardiões do saber da
linguagem kipeá, que sempre tiveram essa vontade de repassar para os
mais novos da tribo Kiriri. Poucos falantes da língua existem, e cada vez
mais a preocupação aumenta com as perdas dos anciãos.
Com a localização em tempo antigo entre diferentes grupos Kipeá Kiriri,
o estudo está classificado em dois dialetos principais, o tupi e macro-kiriri
jê, onde as palavras se espalham por diversos dialetos kipeá, kariri,
tupi e próprio macro-jê.

Podemos perceber que o kipeá tem vários modos de falar e de
aprender, por isso que ler se classifica como língua dobrada, que algumas
palavras tem o mesmo significado, pois cada uma das 180 línguas indígenas
brasileiras apresentam diferenças e semelhanças da mesma forma
que acontece com diversos idiomas do mundo, assim como no kipeá.
Alguns pesquisadores afirmam que o povo Kiriri perdeu o seu idioma,
para nós Kiriri o nosso idioma permaneceu sempre vivo dentro de cada
um dos Kiriri. Para os pesquisadores locais o dialeto Kiriri kipeá continua
ainda forte, o que faltam são projetos de incentivo para o desenvolvimento
e transmissão do idioma.

Com a ressignificação do idioma kipeá a nossa esperança revive,
o nosso olhar se abre para enxergar os horizontes.
Com as lei da educação e do incentivo à cultura, o povo Kiriri é o
primeiro povo a sair na frente, na busca do fortalecimento da cultura oral
e de seu próprio idioma.

Territorio Kiriri Canta Galo

Familia Kiriri Canta Galo

A origem do povo Kiriri antecede a chegada dos portugueses.
Este povo ocupava vasto território do nordeste brasileiro, indo do litoral
norte da Bahia até as margens dos rios Itapicuru e São Francisco,
passando, também, pelo sertão baiano, sul do Piauí, Ceará e oeste de
Sergipe.

Composto historicamente de diversos grupos nômades, este
povo foi perseguido pelos capitães do mato e coronéis (senhores poderosos
na história do Brasil), o que levou a divisão em vários grupos menores,
que sofriam com os conflitos e as doenças causadas pelo contato
com o povo não índio. Alguns desses grupos vieram de canoa pelos rios
Itapicuru e São Francisco para a região de Zurududé e Saco de Morcego
(atual aldeia Mirandela) onde se fixaram, e outros grupos vieram pelo mato.
Por causa das constantes invasões dos senhores de engenho nas
regiões dos Kiriri, o rei de Portugal D.João VI, por meio de um alvará, deu aos
Kiriri uma légua e uma quadra, sendo esta destinada a missão Senhor de
Ascenção do Saco dos Morcegos, sendo o centro desta terra - Vila de Mirandela.
Em 1995 os índios retornam ao maior povoado da terra Kiriri,
Mirandela, que era o centro da terra indígena, antes habitada pelos posseiros
e centro de missa dos católicos.
Igreja construida em mirandela pelos Indios Kiriri, incentivados pelos Jesuitas


Nesta época também reconquistam os territórios dos
povoados de Pau Ferro, Gado Velhaco e Marcação. Assim as aldeias
Araçá, Segredo, Baixa da Cangalha, Cajazeira e Baixa do Juá foram
ocupadas pelos índios Kiriri de Canta Galo e as demais aldeias foram
ocupadas pelos índios de Mirandela.
Com a retomada da terra indígena, com o fim de todo esse processo
de luta e o retorno as suas aldeias, a vida de todos os índios mudaram,
hoje a paz reina entre os Kiriri. No ano de 1998 os conflitos com os
posseiros acabaram e também com os próprios índios. Hoje os índios buscam
viver em harmonia com todos. Podemos dizer que estamos vivendo
bem, mas falta muito para conseguir os nossos ideais, que é ver as nossas
crianças e jovens livres de todos os perigos.

Organização Grupo de Jovens Kiriri